Pesquisa ADEMI-GO reforça o otimismo do mercado imobiliário em Goiânia
O mercado imobiliário está sendo uma das poucas atividades econômicas que passa pelos abalos da pandemia com estabilidade e até crescimento.
Implementando inovações tecnológicas e mantendo o empenho e determinação, o setor coleciona quatro anos consecutivos de aumento nas vendas. No último ano as vendas de imóveis em Goiânia tiveram um crescimento de 21,4%.
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De olho nos números
Com as vendas aquecidas, houve aumento também na quantidade de lançamentos de imóveis, que quando comparado a 2019, cresceu 17% em 2020. No mesmo ano contabilizou 7.387 imóveis lançados contra 6.306 unidades de 2019. Este é considerado o maior volume de lançamentos desde o ano de 2013, quando foi lançado número de unidades similar.
A venda de imóveis no país cresceu 26% no ano passado, o melhor desempenho desde 2014, segundo dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) e da Fundação Instituto de Pesquisas (Fipe), as vendas atingiram 119.911 unidades no ano passado.
Com relação a imóveis comercializados em Goiânia, foram 8.238 em 2020, sendo que no ano anterior esse número foi de 6.784 imóveis. Como as vendas foram maiores do que a quantidade lançada, o mercado registrou uma redução de 9% na oferta de imóveis: enquanto ao final de 2019 eram 9.329 imóveis de incorporadores à venda, no final de 2020 a oferta era de 8.478 imóveis, o menor patamar de oferta dos últimos 11 anos!
Os números fazem parte da pesquisa da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), realizada pela Brain Inteligência Estratégica.
Um dos motivos atribuídos ao aumento das vendas está relacionado à queda nas taxas de juros dos financiamentos imobiliários. “Estamos no menor patamar de taxa de juros da história do país. A queda reduz significativamente o valor das parcelas dos imóveis, o que aumenta a demanda, uma vez que mais pessoas tem condição de comprar imóvel”, explica o presidente da Ademi-GO, Fernando Razuk. “Com a pandemia, as pessoas passaram a ficar mais tempo em casa e perceberam a necessidade de comprar imóvel maior ou mais atualizado para oferecer mais conforto para a família”, diz.
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Com mais tempo dentro de casa, surgiram também novas necessidades, como o home office, sala bem ventilada e iluminada, por isso as plantas estão sendo repensadas, como é o caso do mais novo lançamento da Terral Incorporadora em Goiânia. No Nest23 o projeto passou por vários estudos até chegar na disposição ideal, integrando as opções de planta com office e assim atendendo perfeitamente a uma das novas necessidades do consumidor.
Nestas plantas mais inteligentes e funcionais, não se pode deixar de lado o convívio social e por isso a importância das varandas gourmet, em algumas opções até com churrasqueira à carvão. E para um lazer completo, o empreendimento da Terral no Bueno conta com um rooftop com um espaço que pode ser usado tanto para coworking como para eventos gourmet. Esse é um bom exemplo de um empreendimento moderno e conectado a esse novo momento.
Fatores econômicos
O incremento das vendas também foi fortemente impulsionado pela queda da taxa Selic que chega a 2% ao ano, quando as aplicações financeiras de menor risco passaram a ter baixo rendimento, ou até mesmo resultados negativos, e as de maior risco, vivem um cenário de incertezas. Extremamente seguro e rentável, o investimento em imóvel pode alcançar até 12% ao ano de aluguel, rendendo muito mais que os 2% ao ano da taxa Selic.
“Qualquer pessoa que fizer um comparativo sobre qual é o rendimento em uma aplicação financeira, seja a bolsa, CDB ou qualquer outra opção disponível no mercado, com o rendimento do mercado imobiliário nos últimos seis meses, vai ter certeza que o investimento em imóvel se tornou uma excelente opção, é incontestável.”, explica Marcelo Borges, diretor de incorporação da Terral Incorporadora. “O investimento em imóveis sempre foi um porto seguro e o cenário atual apenas reforça esse conceito.”, completa ele.
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Apesar dos desafios, 2020 foi um ano positivo para o mercado imobiliário
“O fechamento dos estandes de vendas, de imobiliárias e a paralisação das obras em função de decretos do governo do Estado também prejudicaram muito os negócios desse mercado. Porém, em junho, o ritmo de venda se recuperou de forma intensa e as incorporadoras retomaram os lançamentos, que foram muito bem sucedidos”, compara Razuk. “As vendas, a partir de então, continuaram aquecidas até o final do ano”, completa.
No segundo semestre, um outro desafio impactou o mercado imobiliário: o fornecimento de materiais para as construções. Os custos dos itens utilizados nas obras dispararam e muitos fornecedores não estavam tendo disponibilidade de produtos para atender à demanda, além da queda de produtividade em função de contaminação de seus colaboradores.
Alguns dados sobre aumento no custo dos materiais:
- Aço, tiveram reajuste em reflexo à alta do dólar, de 14,5% em setembro último. Sendo que as siderúrgicas já anunciaram novo aumento no custo de aço para março deste ano; Elevadores e cobre, também sentiram o impacto da alta da moeda estrangeira;
- Elevadores e cobre, também sentiram o impacto da alta da moeda estrangeira;
- PVC teve reajuste de 73,6%;
- Cimento, aumento de mais de 32%
- Bloco cerâmico chegou a ter alta de aproximadamente 40%;
Regiões mais valorizadas
Os bairros mais valorizados de Goiânia são os setores Bueno, Marista e Oeste, onde o preço médio do metro quadrado está acima de R$ 6 mil/m2, o que justifica serem os locais mais desejados da capital. Outro setor entre os mais queridinhos é o Jardim Goiás, que não aparece na pesquisa por possuir uma oferta quase zero de imóveis novos. Com o novo Plano Diretor de Goiânia, que deve ser aprovado em 2021, é provável restrição de construção nesses bairros.
Um outro ponto identificado pela pesquisa foi o significativo número de lançamentos de apartamentos de 1 e 2 dormitórios em 2020. De acordo com o presidente da Ademi-GO, esta é uma tendência em todas as grandes cidades e, diante da taxa de juros baixa, esses modelos se destacam como excelente alternativa de investimento para locação, apresentando boa perspectiva de rentabilidade para investidores.
“Desenvolvemos imóveis atentos à demanda do mercado, mas também à sua valorização. Um ponto fundamental para quem deseja comprar um imóvel para morar ou investir e que confia nos nossos produtos esperando rentabilidade”, explica Marcelo Borges, diretor de incorporação da Terral Incorporadora.
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Desafios e perspectivas para 2021
Com a necessidade de controlar muito bem os custos, as compras de materiais de construção deverão ser programados com maior antecedência que de costume para evitar falta de insumos e consequentes problemas de atrasos. E os empreendedores de moradias populares destinadas às pessoas que entram em programas do Governo Federal deverão ter problemas já que o custo da construção aumentou e o governo define o valor máximo de venda desses imóveis.
Os desafios existem, mas as perspectivas para o mercado imobiliário continuam boas. A expectativa é que os juros continuem em baixa e, consequentemente, as vendas devem se manter em alta. Segundo o Relatório Focus, emitido pelo Banco Central, a aposta de economistas é que a Selic fique em 3% ou 3,5% ao ano no final de 2021.
Mas o volume de lançamentos imobiliários deve crescer em relação a 2020, uma vez que os empresários estão enxergando boa perspectiva para o mercado.
Apenas neste início de 2021, estão em andamento pelo menos seis lançamentos imobiliários em Goiânia com grande tendência de valorização nos próximos meses e anos. Com o mercado aquecido, a oferta de imóveis em Goiânia é a menor dos últimos 11 anos, com demanda alta e oferta baixa, a tendência de valorização é natural.
A alta dos preços dos materiais de construção deve manter o ritmo crescente, o que deve impactar diretamente no preço dos imóveis. As obras em andamento repassarão este reajuste para manter a margem e, consequentemente, os lançamentos terão um preço maior.
“Juntando-se a todos estes fatores temos ainda a aprovação com o novo Plano Diretor de Goiânia, que deve ser aprovado em 2021, é provável restrição de construção nesses bairros. Caso isso se confirme, podemos ter uma redução da oferta de imóveis nos setores mais desejados e, consequentemente, um aumento nos preços”, adianta o presidente da Ademi-GO.
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